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Conselheiro do CRBM-3 no estado do MT tem pesquisa sobre a vacina contra a dengue publicada em revista científica internacional

Atuação demonstra a vocação do biomédico para a área da pesquisa científica

O Brasil está mais perto de ter sua própria vacina contra a dengue e isso é motivo de comemoração. Docente e pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM-UFMT/Ebserh), o conselheiro do CRBM-3, Luciano Teixeira Gomes, é um dos responsáveis pela coleta de dados para a pesquisa dessa vacina realizada em parceria com o Instituto Butantan.

A pesquisa encontra-se na fase 3. Nessa etapa, os estudos demonstraram segurança e eficácia de quase 70% em populações com idade entre 2 e 59 anos. O resultado dessa fase foi publicado, recentemente, na revista The Lancet. A revista é referência na publicação de artigos científicos baseados em evidências. Com a publicação do trabalho foi possível solicitar o registro e a aprovação da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para ler o artigo, copie e cole o link: https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(24)00376-1/abstract?uuid=uuid%3A66ce3921-cde8-4828-bdd7-199fbe1c76b5

Luciano

Luciano explica que a fase 3 é mais ampla que as anteriores. Nela, mais de 16 mil pessoas em todo o Brasil foram monitoradas de 2 a 5 anos, sendo que uma parte recebeu uma dose da vacina e a outra parte, placebo. Em Cuiabá (MT) foram mais de 1.200 pessoas. Foi possível observar como a imunidade de cada voluntário vacinado se comportou.

“Os dados que temos e o pedido que será feito para os órgãos de controle é para o uso da vacina como forma de prevenir a dengue tipos 1 e 2. Ainda há uma preocupação em relação ao tipo 3, que também pode levar à forma grave da doença, mas não tanto com o tipo 4, que causa uma forma mais branda de dengue”, disse Luciano Teixeira Gomes, em entrevista ao site da UFMT. 

Percurso

As pesquisas começaram em 2015 no Instituto Butantan e a parceria com a UFMT ocorreu em 2016. Com a fase 3, completam-se oito anos de estudos, que culminaram com a publicação do artigo científico. Antes, nas fases 1 e 2 foi verificado que a vacina era segura, portanto, podendo ser administrada com eficácia.

“Nossa expectativa é a de que a autorização pela Anvisa saia o mais rápido possível e que em 2025 tenha início a produção, visto que o Instituto Butantan já está em fase final de preparação para fabricar, e a vacina esteja disponível pelo Sistema Único de Saúde”, afirma o pesquisador.  

O biomédico Luciano Teixeira Gomes é o coordenador do estudo. Juntamente com ele, outros biomédicos participaram da pesquisa integrando as equipes de laboratório de análises clínicas e de visitas domiciliares. A pesquisa é uma das áreas de atuação do profissional biomédico, que se dedica ao estudo e à investigação em diversas áreas da saúde, subsidiando diagnósticos e contribuindo nas investigações das causas, efeitos, fatores epidemiológicos e ambientais. (IMPRENSA CRBM-3)