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Entrevista com Edvaldo Carlos Brito Loureiro (conselheiro do Conselho Federal de Biomedicina)
Publicado em 08/10/2013 - Última modificação em 14/08/2019 às 13h37
Como o senhor vê o biomédico no Brasil hoje?
É uma categoria de extrema importância, que hoje está envolvida no diagnóstico, e isso é satisfatório principalmente porque grande parte dos biomédicos hoje trabalha com análises clinicas, mesmo tendo aproximadamente 36 habilitações em que este profissional pode atuar. Podemos observar também que é uma categoria que tem hoje uma grande projeção e respeito no Brasil, fato que pode ser confirmado nos concursos, onde seja para o preenchimento de vagas nos Lacens, nas universidades, ou para especializações, os biomédicos sempre despontam por conseguir aprovação, eu diria, até mesmo com certa facilidade. Prá mim, isso nada mais é do que o reflexo da excelente preparação que este profissional recebe nas escolas de biomedicina de todo o Brasil.
Qual é a grande dificuldade que o biomédico enfrenta hoje em nosso país?
Acredito que o principal problema é o fato de que em muitos municípios e em algumas capitais simplesmente não existe a carreira na administração pública para o cargo de biomédico. E esse é um problema sério, pois sempre que se tem um concurso público em que a atividade exigida para o cargo é a análise clínica, o biomédico tem sido impossibilitado de se inscrever. Então nós, do Conselho Federal, assim como os colegas dos Conselhos Regionais, sempre entramos com Mandatos de Segurança porque sabemos que a Lei nos ampara dentro de nossa atividade profissional. E isso tanto é verdade que em todos os casos nós ganhamos as causas e conseguimos Liminares que permitem que os biomédicos se inscrevam, e uma vez aprovados, tomem posse nesses concursos. A orientação que dou nestes casos é para que os colegas se reúnam, cobrem e pressionem junto aos municípios e estados para que se crie o cargo de biomédico nas secretarias de suas devidas regiões.
E em relação aos Lacens, qual a situação atual?
Falando primeiramente de Goiás, vou embora bastante satisfeito, pois vi que no Lacen daqui nós temos hoje uma grande quantidade de biomédicos trabalhando, inclusive estamos muito bem representados com o Marcus Vinícius, que é o diretor administrativo já ha algum tempo. Em relação ao restante do Brasil, eu fico extremamente feliz porque percebo que é cada vez maior o ingresso de biomédicos nessas instituições públicas que lidam com diagnósticos em saúde.
Uma mensagem para os colegas da 3ª Região:
Primeiro eu quero dizer que fiquei muito feliz por ter sido convidado para vir de novo à Goiânia. E estou mais satisfeito ainda porque apesar de já ter vindo aqui outras vezes, essa foi a primeira oportunidade em que participei de uma reunião plenária, o que me deixou muito honrado. Faço questão de parabenizar o Doutor Rony pela sede do Conselho, que posso afirmar, está entre as melhores do Brasil. Pouquíssimos conselhos hoje dispõem da estrutura que vocês têm por aqui. Encerrando, quero deixar aqui o meu carinho e abraço a todos os biomédicos da Terceira Região, e digo que em breve estarei publicando no site do Conselho Federal as fotos dos novos e antigos amigos que encontrei por aqui. Muito obrigado pela acolhida e até a próxima.